O Brasil superou em julho, pela primeira vez na história, a marca de 5 milhões de barris de petróleo e gás natural produzidos por dia. O recorde de 5,160 milhões foi divulgado ontem (1º) pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), órgão regulador da indústria de óleo e gás.
Em relação somente ao petróleo, a produção foi de 3,959 milhões de barris diários, aumento de 5,4% em relação ao mês anterior e de 22,5% na comparação anual.
Já a produção de gás natural foi de 190,89 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d), expansão de 5,1% em relação ao mês anterior e de 26,1% na comparação anual.
A produção nos campos do pré-sal respondeu por 79,1% do total, atingindo 4,077 milhões de barris por dia. Esse volume representa alta de 5,6% em relação ao mês anterior e de 24,2% na comparação anual.
O óleo e o gás do pré-sal foram extraídos de 169 poços. O campo mais produtivo é o de Tupi, na Bacia de Santos, de onde saíram cerca de 800 mil barris por dia de petróleo.
Em termos individuais, a plataforma que mais contribuiu para o recorde foi o FPSO (navio-plataforma) Guanabara, na jazida compartilhada de Mero, também na Bacia de Santos, com 184,3 mil barris de petróleo diários.
Origem da produção
A ANP explica que as variações no volume de produção são causadas por fatores como paradas programadas de plataformas para manutenção, entrada em operação de poços, paralisação para manutenção ou limpeza e início de instalação de plataformas.
De todo o petróleo produzido no Brasil, 97,7% vêm de campos marítimos. Em relação ao gás natural, 86,1% vêm do mar.
A Petrobras, sozinha ou em consórcio com outras empresas, é responsável por 89,78% do total de petróleo e gás natural produzidos.
O Rio de Janeiro é o principal estado produtor, com 88% do petróleo nacional e 77% do gás natural.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), o Brasil é o 8º maior produtor de petróleo no mundo. Os cinco maiores produtores – Estados Unidos, Rússia, Arábia Saudita, Canadá e Irã – são responsáveis por metade da produção mundial.
Queima de gás
Em termos de aproveitamento de gás, a ANP informa que atingiu a marca de 97,1%. Isso significa que menos de 3% do gás proveniente dos poços é queimado na atmosfera. A maior parte (54%) é reinjetada nos poços, 33% são disponibilizados ao mercado e 10% são utilizados como fonte de energia pelas próprias plataformas.
Informações da Agência Brasil