O Brasil tem registrado avanços significativos no combate às hepatites virais, especialmente graças ao aumento da cobertura vacinal. De acordo com o novo Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, houve redução expressiva na mortalidade por hepatites B e C na última década.
No caso da hepatite B, o coeficiente de mortalidade caiu pela metade, passando de 0,2 para 0,1 óbito por 100 mil habitantes. Já em relação à hepatite C, a queda foi de 60%, saindo de um óbito para 0,4 por 100 mil habitantes.
Esses resultados colocam o Brasil no caminho para atingir a meta da Organização Mundial da Saúde (OMS), que prevê, até 2030, a redução de 65% dos óbitos e de 90% da incidência das hepatites virais no mundo.
“O Brasil já atingiu 60% da meta de redução da mortalidade, o que demonstra que estamos no rumo certo para eliminar as hepatites como problema de saúde pública”, destacou Mario Gonzales, coordenador-geral de Vigilância das Hepatites Virais do Ministério da Saúde.
Além da vacinação, outro fator importante tem sido o monitoramento. O Ministério lançou uma nova plataforma digital para auxiliar estados e municípios na identificação de lacunas e estratégias mais eficazes no enfrentamento às hepatites.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, também ressaltou o papel dos profissionais da atenção básica e da vacinação infantil: “Recuperamos a cobertura vacinal contra a hepatite B entre recém-nascidos, que saltou de 82,7% para 94,19% em um ano”.
A mobilização integra a campanha nacional do Julho Amarelo, mês dedicado à conscientização e prevenção das hepatites virais. Neste ano, foi lançada a campanha “Um Teste Pode Mudar Tudo”, incentivando a testagem, a vacinação e o tratamento da doença.
Informações da Agência Brasil