Pressionada pelos juros altos e pela desaceleração da economia, a criação de emprego formal apresentou queda. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, foram abertos 129.778 postos de trabalho com carteira assinada. O indicador mede a diferença entre contratações e demissões.
A criação de empregos caiu 32,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. Nos sete primeiros meses do ano, foram abertas 1.347.807 vagas, resultado 10,35% mais baixo que no mesmo período anterior e o menor número desde 2023.
Setores
Na divisão por ramos de atividade, todos os cinco setores pesquisados criaram empregos formais. A liderança ficou com os serviços, que abriram 50.159 postos, seguidos pelo comércio (27.325), indústria (24.426) e construção civil (19.066). A agropecuária ocupou a quinta posição, com 8.795 novos postos.
Nos serviços, o crescimento foi puxado pelo segmento de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, com 26.718 vagas, seguido por transporte, armazenagem e correios, com 11.668.
Na indústria, o destaque ficou com a indústria de transformação, que contratou 22.834 trabalhadores a mais do que demitiu. A indústria extrativa abriu 1.786 vagas, enquanto o segmento de água, esgoto, gestão de resíduos e descontaminação fechou 704 postos.
Regiões
Todas as cinco regiões brasileiras registraram saldo positivo. O Sudeste liderou, com 50.033 novas vagas, seguido pelo Nordeste (39.038), Centro-Oeste (21.263), Sul (11.337) e Norte (8.128).
Entre os estados, 25 das 27 unidades da Federação tiveram resultado positivo. Os maiores saldos foram registrados em São Paulo (+42.798), Mato Grosso (+9.540) e Bahia (+9.436). Os únicos a registrar queda foram Tocantins (-61) e Espírito Santo (-2.381).
Informações da Agência Brasil