O Bradesco registrou lucro líquido recorrente de R$ 6,2 bilhões no terceiro trimestre de 2025, um crescimento de 18,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. Mesmo com o resultado expressivo, o banco mantém a política de cortes e reestruturação, reduzindo postos de trabalho e fechando agências em todo o país. A postura reforça a prioridade dada aos lucros em detrimento da manutenção do emprego e da qualidade no atendimento à população.
De acordo com os dados divulgados, a instituição encerrou setembro com 2.059 agências, número inferior às 2.168 registradas em junho e bem abaixo das 2.355 existentes em setembro de 2024. No mesmo intervalo, o quadro de funcionários caiu para 81.657, ante 82.147 no trimestre anterior e 84.018 há um ano. A cada trimestre, o Bradesco amplia seus ganhos enquanto reduz sua presença física e o número de trabalhadores.
Essa combinação de lucro crescente e demissões em massa tem impacto direto na vida dos bancários e dos clientes. A redução de pessoal e o fechamento de unidades resultam em sobrecarga de trabalho, precarização das condições laborais e piora no atendimento. Filas maiores, menos agências e serviços reduzidos afetam principalmente a população mais vulnerável, que depende do atendimento presencial para resolver suas demandas financeiras.
Fonte: Bancários Bahia



