O boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), aponta uma tendência de queda nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em grande parte do país. Houve redução nas hospitalizações por influenza A e vírus sincicial respiratório (VSR), principais agentes associados aos casos mais graves.
Apesar da diminuição, a incidência de SRAG ainda é considerada alta entre crianças pequenas, especialmente devido ao VSR. Já entre os idosos, os casos ligados à influenza A continuam em níveis moderados a altos em estados das regiões Centro-Sul, Norte e Nordeste, mesmo com a tendência geral de queda.
A pesquisadora Tatiana Portella, do InfoGripe, destacou que os casos graves de covid-19 permanecem baixos e estáveis na maior parte do país. Um leve aumento foi identificado no Ceará. No Rio de Janeiro, o crescimento observado nas últimas semanas perdeu força.
Portella reforça a importância da vacinação: “Recomendamos que a população mantenha a vacinação contra influenza e covid-19 atualizada. Em estados com maior circulação da SRAG, o uso de máscaras em locais fechados, unidades de saúde ou diante de sintomas gripais continua indicado”.
Nas últimas semanas, os vírus mais frequentes entre os casos positivos de SRAG foram:
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Vírus sincicial respiratório (50,6%)
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Influenza A (21,2%)
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Rinovírus (26,2%)
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Influenza B (1,5%)
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Sars-CoV-2 (2,9%)
Entre os óbitos por SRAG com confirmação laboratorial, os dados indicam:
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Influenza A (63,2%)
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Vírus sincicial respiratório (17%)
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Rinovírus (12,3%)
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Sars-CoV-2 (5,1%)
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Influenza B (1,9%)
Em relação às capitais, apenas Campo Grande apresenta nível de alerta ou alto risco para SRAG, com aumento nos casos em quase todas as faixas etárias — exceto em crianças de 2 a 4 anos e em pessoas de 50 a 64 anos.
Informações da Agência Brasil