O Banco do Brasil anunciou uma linha de crédito de pouco mais de R$ 1 milhão para agricultores familiares de cacau na Bahia, voltada para assentados, quilombolas, indígenas e extrativistas (Pronaf A).
A ação faz parte das iniciativas do BB voltadas para o fomento da bioeconomia, com projetos semelhantes na Amazônia, onde mais de 60 mil pessoas foram atendidas e mais de R$ 2 bilhões em crédito liberados.
“Temos uma equipe no local com assistência técnica, agente de crédito e instituições públicas voltada para o pequeno e micro agricultor familiar. Começamos com estas famílias, mas a expectativa é alcançar as mais de 25 mil que exploram o cacau na Bahia”, afirma José Ricardo Sasseron, vice-presidente de Governo e Sustentabilidade do Banco do Brasil.
Neste primeiro momento, 24 famílias terão acesso a R$ 52 mil cada, totalizando R$ 1,2 milhão. Os recursos serão usados na compra de mudas de cacau, renovação de lavouras e manejo com foco em aumentar a produtividade.
Os pequenos agricultores do Baixo Sul da Bahia são representados pelo Ciapra, que atende atualmente 2,4 mil famílias e projeta alcançar 5 mil em 2026 e 10 mil em 2030. “Esse crédito chega no momento em que o produtor precisa de capacidade para adquirir tecnologia, maquinários e técnicas de manejo”, explica Leandro Santos, diretor-executivo do Ciapra.
A agricultora Maisa Silva, do assentamento Frei Vantuy, uma das beneficiadas, destaca: “Vamos envolver ainda mais as famílias no campo, comprar mudas, insumos e gerar mais renda. Cada um tem seu lote individualizado, mas toda a produção é voltada para a agroindústria da cooperativa. Temos polpa, doces, geleias, chás, compotas e agora queremos começar a fabricar chocolate também. O crédito é uma chance de crescer em conjunto.”
Informações do Globo Rural