A classe artística da Bahia divulgou um manifesto com críticas contundentes à política cultural do governo Jerônimo Rodrigues (PT). O principal alvo é o secretário de Cultura, Bruno Monteiro, que, segundo o documento, seria “um alienígena que caiu de paraquedas no cargo”.
No texto, artistas, produtores, técnicos, mestres da cultura popular, gestores, pesquisadores e educadores afirmam que o estado, reconhecido como matriz da cultura brasileira, não possui orçamento próprio e estruturado para o setor, dependendo de editais de leis emergenciais criadas durante a pandemia.
O grupo critica a falta de continuidade, investimento e planejamento, além da ausência de diálogo e transparência nos processos seletivos. Também cita dados do Observatório de Economia Criativa da Bahia que apontam queda sistemática no investimento cultural nos últimos dez anos.
Entre as reivindicações, estão a criação de uma política pública de Estado para a cultura, previsão de recursos próprios no orçamento, parâmetros claros para inscrição e seleção de projetos, calendário fixo de editais e regularização do Plano Estadual de Cultura da Bahia.
Os signatários defendem que os cargos da área sejam ocupados por pessoas com conhecimento, experiência e representatividade. Eles afirmam que seguirão mobilizados para exigir respeito, transparência e compromisso com a diversidade cultural baiana.
Informações do Correio*