A arrecadação federal em maio chegou a R$ 230,1 bilhões, registrando a maior marca para o mês desde o início da série histórica da Receita Federal, em 1995. O valor representa um aumento real de 7,66% em comparação com maio do ano anterior.
Desse total, R$ 223,8 bilhões foram arrecadados por tributos administrados diretamente pela Receita Federal — como imposto de renda, contribuições previdenciárias, PIS/Cofins, IPI, IOF e impostos sobre importação. Os demais R$ 6,4 bilhões vieram de receitas administradas por outros órgãos, incluindo royalties e depósitos judiciais.
No acumulado dos cinco primeiros meses do ano, a arrecadação também foi recorde, somando R$ 1,191 trilhão — alta de 3,95% em relação ao mesmo período do ano anterior, já descontada a inflação.
Apesar do resultado positivo, houve recuo de 7,33% em relação ao mês anterior. A Receita esclarece, no entanto, que as comparações mais adequadas são entre meses equivalentes de anos diferentes, para evitar distorções sazonais.
Entre os fatores que explicam o crescimento da arrecadação estão:
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Melhora nos indicadores econômicos;
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Postergação do pagamento de tributos no Rio Grande do Sul em 2024, devido às enchentes;
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Alta na arrecadação de imposto de renda retido na fonte, impulsionada pelos juros elevados;
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Aumento da arrecadação no comércio exterior, puxado por mudanças na composição dos produtos importados, com maior peso de itens com alíquotas mais altas — sem aumento de impostos.
Um dos destaques foi o aumento expressivo na arrecadação de instituições financeiras, que somaram R$ 23 bilhões — alta de 25,2%. Outro fator de impacto foi a tributação das apostas esportivas online, as chamadas bets. Com a regulamentação da atividade, a arrecadação desse setor cresceu cerca de 23.000% em relação ao ano anterior.
A divulgação dos dados marca ainda a retomada da publicação regular das estatísticas, após o encerramento da greve dos servidores da Receita. Segundo o auditor Claudemir Malaquias, o desempenho mantém a trajetória de crescimento observada no final do ano passado.
Informações da Agência Brasil
