A Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) emitiu um alerta para apicultores e meliponicultores sobre os riscos do Aethina tumida, conhecido como “Pequeno Besouro das Colmeias”. A praga pode comprometer seriamente a produção de mel, provocando a redução da produtividade e até o abandono dos enxames.
Originário da África, o besouro já foi identificado em território brasileiro e tem potencial para afetar tanto abelhas com ferrão (Apis mellifera) quanto espécies nativas sem ferrão, alimentando-se de mel, pólen e larvas. Na Bahia, um foco já foi registrado e controlado no município de Conde, mas a Adab mantém ações de vigilância e educação sanitária para evitar novas ocorrências.
De acordo com Luciana Ávila, coordenadora do Programa de Sanidade das Abelhas da Adab, não há tratamento para a infestação, sendo a prevenção a principal forma de controle. Entre as recomendações estão: manter enxames fortes com rainhas jovens, utilizar caixas padrão em bom estado e eliminar materiais antigos ou abandonados do apiário. Na entressafra, é indicado o uso de alimentos complementares de origem conhecida.
O inseto possui ciclo de vida longo e pode se espalhar tanto por voo quanto pelo transporte irregular de colmeias infestadas. Por isso, a especialista reforça a importância de adquirir colmeias e rainhas com a devida Guia de Trânsito Animal (GTA), além de registrar as unidades produtivas junto à Adab.
Como identificar o besouro
A inspeção periódica das colmeias é essencial. O pequeno besouro tem coloração marrom e mede cerca de um terço do tamanho de uma abelha. Se for identificado, o produtor deve coletá-lo em um recipiente limpo com álcool 70%. Caso o álcool não esteja disponível, recomenda-se o congelamento do inseto. Em qualquer situação, é fundamental comunicar imediatamente a Adab, já que se trata de uma praga de notificação obrigatória.
Informações do ba.gov.br