A Justiça de São Paulo autorizou, na quarta-feira (8), a destruição imediata de 100 mil garrafas apreendidas pelas autoridades em operações contra falsificação de bebidas alcoólicas com metanol.
O pedido partiu da Polícia Civil e foi acolhido pelo juiz Lucas Bannwart Pereira, do Fórum Criminal da Barra Funda. Segundo o magistrado, os recipientes estavam em uma empresa de recicláveis clandestina que comercializava garrafas sem controle sanitário, de origem ou destinação, e sem qualquer processo de higienização.
“Considerando o potencial lesivo da mercadoria apreendida, porquanto não passam por qualquer tratamento sanitário, higienização, limpeza etc., segundo o próprio proprietário, a manutenção das referidas mercadorias … representa risco concreto a um número indeterminado de pessoas”, afirmou o juiz.
A medida faz parte das ações tomadas no âmbito dos casos de intoxicação por metanol em bebidas, nos quais foram registradas mortes e internações. No Estado de São Paulo, há 176 casos suspeitos, dos quais 18 já foram confirmados, além de três óbitos relacionados à ingestão de bebidas adulteradas com metanol.
Desde o início da investigação, já foram recolhidas 16 mil garrafas em operações de fiscalização e combate à falsificação. As ações também envolveram mandados nas cidades de Osasco, Americana, Sumaré (SP) e Poços de Caldas (MG), com apreensões de rótulos falsificados, insumos e recipientes utilizados no processo de adulteração.
Fonte: Agência Brasil