Quando se fala em saúde na terceira idade, os problemas físicos costumam receber mais atenção. No entanto, a depressão também afeta muitos idosos, embora, frequentemente, seus sintomas sejam confundidos com o “cansaço natural” do envelhecimento.
De acordo com o psicólogo Pascal Schlechter, da Universidade de Münster, na Alemanha, essa confusão ocorre tanto por parte dos pacientes quanto de profissionais de saúde. Muitos médicos tendem a associar sinais de depressão, como apatia e isolamento, às mudanças esperadas do corpo com o tempo, o que pode atrasar ou até impedir um diagnóstico adequado.
Em um estudo conduzido no Reino Unido, Schlechter acompanhou mais de 11 mil pessoas ao longo de vários anos e constatou que os sintomas da depressão são semelhantes em idosos e em adultos mais jovens. A conclusão é clara: a depressão não tem idade e deve ser levada a sério em todas as fases da vida.
A apatia persistente, a perda de interesse e o isolamento social não devem ser encarados como algo “normal” da velhice. Quanto mais precoce o diagnóstico, maiores são as chances de tratamento eficaz. Cuidar da mente é também cuidar da saúde.
Informações do Sindicato dos Bancários