A retomada da Educação nas redes municipal e privada em Salvador, após mais de um de aulas presenciais suspensas por conta da pandemia da Covid-19, já tem data definida: 3 de maio. O retorno ocorrerá de forma semipresencial mediante ao cumprimento dos protocolos sanitários que deverão ser cumpridos por toda a comunidade escolar. O anúncio foi feito pelo prefeito Bruno Reis ontem (23), em coletiva virtual no Palácio Thomé de Souza.
De acordo com o chefe do Executivo municipal, diversos fatores foram cruciais para que a decisão fosse tomada, entre os quais se destacam os atuais números epidemiológicos da cidade, que demonstram controle da pandemia, e avanço da vacinação de grupos prioritários – inclusive de trabalhadores da educação.
“Acabei há pouco reunião com Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB). Não podemos comprometer três anos letivos das crianças da nossa cidade. Se não retomarmos as aulas em maio, haverá impacto no calendário de 2022. Precisamos sair dessa inércia e dar um passo além. Os professores que estão fazendo trabalho remoto sabem que, na prática, o aprendizado não é o mesmo”, explicou Bruno Reis.
O prefeito voltou a falar da preocupação com pequenas e médias escolas privadas, que vêm sofrendo com os impactos econômicos provocados pela crise sanitária, em função da suspensão das atividades, desde março do ano passado. Muitas delas não têm conseguido manter as portas abertas, o que consequentemente pode provocar reflexos no sistema público, com sobrecarga de demanda.
“Com as escolas fechadas, os alunos iriam para rede municipal e não temos condições de criar 5 mil, 6 mil, 10 mil vagas. As crianças iriam ficar sem estudar. Pensando nelas e com a consciência de que temos a devida segurança para retomar as aulas, faço apelos para que os professores pensem no presente e futuro que podemos sepultar dessas crianças, se não tomarmos essa decisão”, disse.
Bruno Reis acrescentou, ainda, que 12 reivindicações direcionadas pela APLB para a volta do segmento presencial foram ouvidas pela gestão. “Apenas uma, que não depende de mim, não pôde ser atendida”, afirmou ele, relatando que pedido da entidade era referente ao prazo de imunização completa de todos os trabalhadores da educação.
O gestor reforçou, entretanto, que isso está condicionado à chegada de mais doses da vacina e que tem recorrido junto ao governo federal e Consórcio Nacional de Vacinas das Cidades Brasileiras (Conectar) para a aquisição dos imunizantes.
Semana de acolhimento – A partir da próxima segunda (26) até a sexta (30), as escolas do município estarão abertas para a realização da semana de visitação e acolhimento, na qual os pais dos alunos poderão ir às unidades para conversar com dirigentes sobre o retorno.