De acordo com Breno Saradelo, coordenador regional do Movimento Brasil Livre, a manifestação é um apelo “contra a corrupção institucionalizada, independentemente do governo e do partido”.
Em algumas cidades, a Central Única dos Trabalhadores e movimentos mantiveram a realização de manifestações pró-governo e pró-Lula, tais como Fortaleza, Rio de Janeiro e Porto Alegre. A CUT convocou suas seccionais para uma manifestação a favor da democracia para a próxima sexta-feira, dia 18. No DF, o PT convocou nova manifestação para o dia 31 de março.
Em Belém, centenas de pessoas pró-impeachment estão em passeata pelo Bairro Umarizal. Em Maceió, na Praia da Jatiúca, há um trio elétrico e as pessoas começam a se concentrar na orla, que está interditada. No Rio de Janeiro, desde as 9h, começou a concentração da manifestação de apoio à Operação Lava Jato, à Polícia Federal e ao juiz Sergio Moro. Os manifestantes estão na Orla de Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro.
Pró-Dilma
O presidente do PT no Distrito Federal, Roberto Policarpo, informou, em nota que decidiu cancelar o ato que realizaria neste domingo a Torre de TV, local próximo ao movimento contrário. “O ato estava mantido até o início da noite de ontem [sexta, dia 11], quando eu e o deputado Chico Vigilante estivemos reunidos com o comandante da Polícia Militar, que nos informou da decisão do governo do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, de determinar à polícia que impedisse o acesso dos manifestantes mobilizados pelo PT até a Torre de TV”, disse.
Pelo fato de parte do horário dos dois movimentos ser coincidente e também porque havia a Rodoviária do Plano Piloto, na área central da cidade, como ponto de acesso comum, a secretaria avisou o partido que a manifestação seria ilegal e sugeriu que fosse marcado outro local para a manifestação pró-Dilma.
A justificativa apresentada pelo GDF foi o Artigo 5º, inciso XVI, que determina que “todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente”. A manifestação contra a corrupção e a favor do impeachment estava marcada desde o ano passado.