A retração do mercado imobiliário em 2015 atingiu com força o segmento de locação. O preço médio dos novos contratos de aluguel teve uma redução de 3,34% – primeira queda desde 2008, segundo FipeZap, que acompanha o valor de locação em nove cidades brasileiras. Se descontada a inflação, a queda real chega a 12,66%. Em Salvador, a queda real foi de 7,67%.Mas o preço menor não tem feito alugar imóveis ficar mais fácil, já que, segundo corretores, o estoque está cada vez maior.
A dificuldade para quem oferece é o paraíso de oportunidades para quem busca um imóvel, pois os proprietários estão tendo que abaixar o preço do aluguel, ou tirar taxas.Quem mora de aluguel pode negociar com mais facilidade e consegue evitar, pelo menos, o aumento da inflação, que foi salgada. O Índice Geral de Preços Mercado (IGP-M) – usado como referência na ampla maioria dos contratos – fechou 2015 com avanço de 10,54%.
Na capital baiana, o tempo médio de espera para conseguir algum locatário é de três meses, segundo o Conselho Regional de Corretores de Imóveis da Bahia (Creci-BA). “Com a crise, a espera do locador tem chegado a até seis meses. Por conta disso, tem muito proprietário que está assumindo custos que seriam do inquilino como o do Imposto sobre a Propriedade Predial Urbana (IPTU), por exemplo, para fechar o negócio”, revela o presidente da entidade, Samuel Prado.De acordo com ele, o condomínio é o grande vilão de quem tem um imóvel para alugar. “As despesas como luz, água e funcionários estão mais caras, o que dificulta fechar o contrato”, explica.