O volume de serviços teve uma queda de 5,9% em março deste ano, na comparação com março de 2015. É a maior queda desde novembro último (-6,4%). Segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada hoje (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os serviços acumulam recuos de 5% no ano e de 4,4% no período de 12 meses.
A receita nominal do setor caiu 0,4% em março deste ano se comparada com março de 2015, mas acumula crescimentos de 0,5% no ano e de 0,7% no período de 12 meses. A receita nominal não considera os efeitos da inflação sobre o valor dos serviços.Só em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, onde estão cinco das maiores fabricantes do País, há 4.170 funcionários declarados ociosos pela Ford, Mercedes-Benz e Volkswagen. A Volvo, de Curitiba (PR), fala em 400 excedentes em seu quadro.
Desde o ano passado, grande parte das montadoras não integrou o reajuste pela inflação aos salários. Aumento real é raro. A Participação nos Lucros e Resultados (PLR) vem caindo, acompanhando o desempenho das empresas.
A Volvo, que em 2013 pagou R$ 30 mil em PLR aos funcionários, no ano passado entregou R$ 12 mil e, este ano, quer que os trabalhadores abram mão de R$ 5 mil, mesmo antes de ter negociado o valor a ser pago.
“Podemos até negociar esse e outros itens, mas desde que não ocorram demissões”, diz o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Curitiba, Nelson Silva de Souza. “Ocorre que a empresa quer reduzir benefícios e ainda cortar 409 vagas.”



