Manifestantes se reuniram no Campo Grande para realizar ato em favor da presidente Dilma Rousseff, do ex-presidente Lula e do PT na tarde desta sexta-feira, 18. Na ação, houve críticas ao juiz Sérgio Moro e combate ao que chamam de golpe. A estimativa dada pela PM no começo da noite foi de 60 mil pessoas; já a organização informou uma média de 150 mil.
No domingo, 13, uma mobilização nacional a favor do impeachment levou 20 mil pessoas às ruas da capital baiana.”Esse é o nosso momento de agir para impedir o que querem fazer com nosso país. Eles não podem fazer isso. Defenderemos a democracia até o fim. Não vai ter golpe”, defendeu o estudante Paulo Moreira, 25 anos. Após concentração, que teve início por volta das 15h, os militantes começaram uma caminhada até a Praça Castro Alves por volta das 17h. Além da presença de diversas fanfarras, os manifestantes cantaram a música “Pra não dizer que não falei das flores”.
Também houve pedidos de “Fora Cunha” e críticas à cobertura da Rede Globo sobre as investigações contra o ex-presidente. Participaram do protesto os deputados Pastor Isidório e Moema Gramacho.A caminhada impediu a passagem de ônibus e carros na avenida Sete de Setembro. Equipes da Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador) acompanharam o protesto para coordenar o tráfego.
A reportagem de A TARDE não encontrou muito policiamento; apenas dois PM’s em uma base comunitária móvel em frente ao Glauber Rocha, além de uma viatura que acompanha os coletivos que trafegam próximo ao local. “Eles insistem em algo que não existe. A trabalhador tem força e voz e agora eles vão nos ouvir. Ditadura nunca mais”, disse, José Antônio da Silva, 57, pedreiro.