O prazo para prestar contas ao Fisco termina no próximo dia 29 de abril, mas já existem bancos oferecendo a antecipação da restituição para aqueles que precisam dos recursos antes do mês de junho, quando a Receita Federal libera o primeiro lote de restituição. As instituições financeiras oferecem linhas de crédito que antecipam, em alguns casos, até 100% do valor da restituição. No entanto, o contribuinte que analisa a possibilidade de contratar um empréstimo do tipo precisa ficar atento às taxas de juros, que variam de 2,25% a 4,59% ao mês (veja na tabela abaixo).
A taxa média de juros cobrados nas operações de crédito na antecipação do IR está em 3,50% ao mês, segundo levantamento feito pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). Por isso, a contratação do empréstimo só vale a pena para quem precisa amortizar uma dívida que tenha juros mais elevados, como o cartão de crédito – onde os juros chegaram a 14,72% em fevereiro ,ou o cheque-especial, com taxas em 11,16% no período. 
“Só é interessante contratar uma linha de crédito deste tipo se for para pagar dívida, porque a Receita corrige este dinheiro pela Selic (taxa básica de juros). Se for para trocar uma dívida cara por uma mais barata pode ser a solução para quem está com problemas para manter o orçamento em dia”, explica o diretor da Anefac, Miguel de Oliveira.
Se o contribuinte for receber, por exemplo, R$ 500 de restituição, tendo como base a taxa de juros de 3,50%, o especialista calcula que será pago, ao final de nove meses, R$ 181,55 a mais pelo o empréstimo, totalizando R$ 681,55 (confira simulações ao lado).
Ele lembra ainda que há outras linhas de crédito ofertadas pelos bancos com juros ainda menores, como o Crédito Pessoal Automático (CDC), a 2,32%, em média, e o empréstimo consignado, com taxas de juros a partir de 2%.