Depois que um acidente de ônibus atingiu a linha de transmissão de energia para a estação de tratamento de esgoto da Embasa na Lucaia, a empresa vai revisar sua operação para evitar que se repita o episódio, quando mais de 60% de esgoto da cidade foi lançado por 42 horas no mar do Rio Vermelho.
“A empresa vai estudar formas de garantir o fornecimento de energia em situações como essa, revendo o seu plano de contingência, no sentido de avaliar uma melhor proteção da sua linha de transmissão”, informou a concessionária em nota. O sistema que será reavaliado conta com uma rede de 3,7 km de comprimento.
A estação de condicionamento de esgoto recebe energia de duas subestações de eletricidade diferentes da Coelba, nos bairros da Federação e Narandiba. Quando há problemas em uma dessas estações, a outra atende à demanda. O problema é que a linha que transmite a energia dessas subestações é única e foi justamente ela a afetada com o acidente envolvendo o ônibus na Avenida Vasco da Gama.
“A Embasa, quando desenvolve um projeto para implantação de um equipamento, analisa os riscos inerentes a sua operação, tendo como critérios a probabilidade do risco acontecer e a gravidade do impacto do risco.”, informa a Embasa, que também prevê estudos para encontrar alternativas de alimentação.
O consumo mensal de energia da estação da Embasa que faz o tratamento de esgoto em Salvador é de 1,7 milhão de KWh. Segundo a Embasa, o consumo seria o equivalente ao fornecimento de energia para uma cidade de cerca de 30 mil habitantes, como é o caso de Cachoeira, no Recôncavo, que tem 32 mil habitantes, ou Conceição do Jacuípe, na região de Feira de Santana, com 30 mil habitantes, segundo o IBGE.