Abrir o próprio negócio nunca ficou tão evidente como no atual momento da economia brasileira. Com queda na atividade econômica, desemprego e diminuição do poder de compra do trabalhador. A solução buscada por milhares de baianos tem sido a de abrir o próprio negócio, tornando-se um micro empreendedor. Das 1.600 empresas de todos os portes que foram registradas na Junta Comercial do Estado da Bahia (Juceb)em janeiro deste ano, nada menos que 1.273 foram fechadas.
O número de empresas fechadas em janeiro deste ano, é o dobro do que foi registrado em janeiro do ano passado, quando 583 estabelecimentos encerraram suas atividades. Os setores mais afetados o do comércio varejista e da prestação de serviços. Em todo o ano passado a Bahia ganhou 26. 583 novas empresas. Contudo, 10.595 delas foram fechadas no mesmo período. O fechamento se verificou mais nos setores do comércio varejista, que teve 4.854 empresas fechadas (45,81%), seguido do setor de prestação de serviços, com 4.038 estabelecimentos que fecharam as portas (38,11%).
Para o diretor Técnico do Sebrae na Bahia, Lauro Ramos, o número crescente de abertura de novos empreendimentos tem como uma das principais razões o aprofundamento da crise econômica, que faz com que quem perdeu o emprego ou viu diminuir a renda mensal, enxergue como opção para se manter longe da crise a criação do próprio negócio. Por outro lado, o aumento do número de fechamento de empresas revela a falta de planejamento de muitos e o açodamento nas tomadas de decisões. Lauro Ramos chama a atenção para o fato de que em pesquisa realizada conjuntamente entre o Sebrae e o Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade, 44% das pessoas que empreenderam negócios por conta própria, o fizeram depois que perderam o emprego.