O Conselho Federal de Economia (Cofecon) defendeu a redução da Selic, a taxa básica de juros da economia. Atualmente, em 14,25% ao ano, a Selic foi mantida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central nas últimas cinco reuniões. Segundo o Cofecon, a queda, em março, da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), justifica uma redução da taxa básica.
O IBGE informou nesta sexta-feira que a inflação ficou em 0,43% em março, após registrar 1,27% em janeiro e 0,9% em fevereiro. O índice também foi o melhor para meses de março desde 2012.
“Esse resultado ratifica que as causas da forte elevação do IPCA em 2015, quando alcançou 10,67%, não mais estão presentes”, alegou o Cofecon em nota. De acordo com o comunicado, os efeitos do reajuste de preços administrados, como os da gasolina e da energia, bem como o repasse de preços causado pela alta do dólar, já acabaram.“
Ademais, o impacto da queda da massa salarial, da desaceleração do crédito e da atividade econômica concorrem para a contenção na variação dos chamados ‘preços livres’”, acrescentou a nota do Cofecon. Para a entidade, o país não enfrenta um problema de inflação de demanda e, por isso, não haveria justificativa para manter a Selic no patamar atual.