Após a proibição do burkini, uma espécie de maiô para muçulmanas, em algumas praias da Riviera Francesa, as vendas da peça de banho cresceram 200%. A informação foi divulgada pela estilista responsável pela vestimenta, a australiana Aheda Zanetti, ao jornal “New York Times”. Segundo Aheda, a sua invenção permite que muçulmanas possam tomar banho de mar sem ir contra a religião. “O burkini representa liberdade e felicidade e uma mudança de estilo de vida. Você não pode tirar isso de uma muçulmana ou qualquer outra mulher que escolha usá-lo”, afirmou.
Aheda disse ainda que a maior procura pela roupa vem da Europa, Austrália e Canadá. A estilista contou que a peça também ficou popular entre pacientes que sofrem com o câncer de pele. De acordo com o jornal “O Globo”, 15 cidades francesas já aprovaram leis que impedem o uso da peça em suas praias. A determinação tem o apoio, inclusive, do primeiro-ministro Manuel Valls, que classificou o burkini como uma peça que se baseia na “escravidão feminina”.
Ativistas dos direitos das mulheres, no entanto, acusam as autoridades francesas de estarem reprimindo o direito da população feminina de se vestir como quiser. A medida do governo francês ainda foi considerada islamofóbica.