A Superintendência de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-BA) lançou o Cadastro de Reclamações Fundamentadas 2024, revelando as empresas mais reclamadas pelos consumidores. O ranking aponta que o setor de serviços financeiros lidera as queixas (33%), seguido por água, energia e gás (23%) e telecomunicações (14%). O levantamento foi divulgado durante evento em Salvador, como parte das comemorações pelo Dia Mundial do Consumidor, celebrado em 15 de março.
O evento, realizado no auditório da Procuradoria Regional do Trabalho da 5ª Região (PRT), na Vitória, em Salvador, teve participação de membros do Sistema de Justiça, da sociedade civil e de servidores da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), órgão ao qual o Procon-BA é vinculado.
Segundo o órgão, a relação do consumidor com o setor financeiro apresentou maior número de reclamações direcionadas aos bancos: Bradesco (455); BMG (279); Pan (256); Bradescard (243) e Santander (211). Na área de fornecimento de água, energia e gás, os consumidores/as registraram 3.922 reclamações.
Já na área de Telecomunicações, as operadoras de telefonia figuraram entre as empresas mais reclamadas pelos consumidores/as, com registros da Claro (817); Tim (539); Vivo (422); Oi/fibra verde (414) e Oi /fibra vermelha (200). Na área de Produtos, as empresas com maiores reclamações foram a Via varejo /Ponto Frio/Casas Bahia (563); Magalu (432); Samsung (169) e Mercado Livre (166).
Os problemas mais reclamados pelos consumidores incluíram cobranças indevidas/abusivas para alterar ou cancelar contrato (20,39%); cobranças de tarifas, taxas e valores não previstos/não informados (10,82%); produtos danificados, sem funcionamento/dificuldade em trocar ou consertar no prazo (9,63%); cobranças por serviços/produto não contratado/não reconhecido (8,56%); e oferta não cumprida/serviço não fornecido/venda enganosa/publicidade enganosa (5,83%).
inicialmente, parabenizar Dra. Adriana pela exposição. Esses dados quantitativos apresentados, hoje, aqui, são fundamentais para entendermos o contexto de relação ao consumo, não só na Bahia, mas no Brasil. Precisamos de pesquisa no nosso mundo, na nossa formação profissional, de levantamento de dados para fomentar, inclusive, as políticas públicas”, assinalou Santana.
O professor ressaltou também a importância das ações empreendidas pelos órgãos de defesa do consumidor. “O Procon tem que trazer o direito ao consumo do grupo como política pública, que de fato é a proteção a essas pessoas tão vulneráveis. Nesse contexto, é importante trazer um pouco do panorama dos serviços públicos no âmbito das relações de consumo”, avaliou.
Fonte: Ascom/SJDH