O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou ontem (08) que o auxÃlio emergencial será prorrogado por pelo menos mais dois meses. Previsto para terminar em julho, o benefÃcio será estendido até setembro, mas esse perÃodo ainda poderá ser ampliado, caso a vacinação da população adulta não esteja avançada.
"Todos os governadores estão dizendo que toda a população adulta estará vacinada no final de setembro. Se isso não acontecer, a gente estende o auxÃlio emergencial. Nós estamos estendendo para agosto e setembro. Se for necessário, estenderemos mais", afirmou Guedes, durante conferência virtual do Bradesco BBI em Londres.
“O presidente Jair Bolsonaro é quem vai decidir o prazo. Primeiro, esses dois ou três meses, e então devemos aterrissar em um novo programa social que vai substituir o Bolsa FamÃlia”, acrescentou.
Segundo Guedes, os recursos para a prorrogação do auxÃlio serão viabilizados por meio de abertura de crédito extraordinário. Atualmente, o custo mensal do programa, que paga um benefÃcio médio de R$ 250 por famÃlia, é de R$ 9 bilhões.
"O auxÃlio emergencial são R$ 9 bilhões por mês. Então, seriam R$ 18 bilhões por dois meses. Só que R$ 7 bilhões já estão lá de remanescente do auxÃlio emergencial do ano passado. PrecisarÃamos de R$ 11 bilhões, que viriam por crédito extraordinário", explicou.
O novo programa social que substituirá o Bolsa FamÃlia não foi detalhado pelo ministro durante a palestra. Segundo ele, será um programa que vai incluir mais beneficiários, mas terá "linhas conservadoras" e ficará dentro da regra de teto de gastos.
O ministro também disse que o governo estuda a criação de um fundo de para a erradicação da pobreza, que poderia ser abastecido com recursos de privatizações de empresas estatais. Durante sua fala, Guedes defendeu a venda de ativos públicos e citou sua expectativa quanto à aprovação, pelo Senado Federal, da venda da Eletrobras, maior empresa de energia da América Latina. A privatização já foi aprovada na Câmara dos Deputados.
Sobre o programa de desestatizações, o ministro ainda mencionou o processo de venda dos Correios, de privatização da Cedae, a companhia de saneamento do estado do Rio de Janeiro, além da concessão recente de portos e aeroportos.
Informações da Agência Brasil
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