O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Petrobras e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) lançaram um edital de chamada pública para seleção de gestor e estruturação de um novo Fundo de Investimento em Participações (FIP), na modalidade Corporate Venture Capital (CVC). O objetivo é fomentar negócios voltados à transição energética e à descarbonização no Brasil.
O fundo investirá em participações minoritárias em startups e em micro, pequenas e médias empresas de base tecnológica que apresentem soluções inovadoras nas áreas de energias renováveis e de baixo carbono. Entre os focos estão geração e armazenamento de energia renovável, eletromobilidade, combustíveis sustentáveis, captura, utilização e estocagem de carbono, além da descarbonização de operações industriais.
As startups elegíveis devem apresentar soluções já validadas e início de receitas recorrentes, estando entre os estágios Seed e Série B.
Investimentos previstos e estrutura do fundo
A Petrobras poderá aportar até R$ 250 milhões, o BNDES até R$ 125 milhões, e a Finep até R$ 60 milhões, por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). Juntos, os aportes iniciais podem chegar a R$ 435 milhões, com possibilidade de ampliação até R$ 500 milhões com a entrada de novos investidores.
O fundo terá duração de até 12 anos. O gestor selecionado por meio do edital atuará com independência nas decisões de investimento, representando o fundo perante o mercado. A expectativa é que as operações se iniciem no primeiro semestre de 2026.
Parceria estratégica e visão de futuro
A criação do fundo integra o Acordo de Cooperação Técnica entre BNDES e Petrobras, voltado à promoção de pesquisa científica, transição energética, desenvolvimento produtivo e governança. A iniciativa está alinhada à estratégia da Nova Indústria Brasil, que prioriza a bioeconomia e a segurança energética.
“Investir na transição climática, por meio da inovação, é investir no futuro. É a chave para impulsionar uma economia sustentável e resiliente diante dos desafios globais”, afirmou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
Informações da Agência Brasil