Uma pesquisa realizada pela PwC Brasil, com mais de 23 mil pessoas, inclusive do Brasil, revelou o comportamento do consumidor na hora da compra e as mudanças de perfil, em meio à retração e as incertezas com relação ao mercado. O estudo “A revolução que os consumidores almejam, com a execução que os conquista – Total Retail 2016” mostra que a população está menos passiva e cobrando mais, dos fornecedores, práticas inovadoras que possam aqueçam as relações de consumo.
Para a maior parte dos entrevistados, o preço ainda é decisivo na hora da compra, mesmo que ainda envolvam algumas variantes, como um diferencial estratégico das marcas para atrair o público. Embora seja relevante, a quantia do item pode ser deixada para segundo plano, quando o estabelecimento “consegue transmitir ao consumidor seus atributos de valor com a relevância e distinção que seu posicionamento requer”, afirma a pesquisa.
E é justamente por causa do fator ‘preço’, que muitos brasileiros optam por fazer compras através da internet. A pesquisa do PWC revelou que 54% dos entrevistados, no país, utilizam esse tipo de canal, por essa razão; e outros 41%, por achar essa forma de aquisição mais cômoda. Apesar disso, alguns consumidores ainda preferem comprar em lojas físicas, em áreas como alimentação (71%), materiais de construção (60%), decoração (55%) vestuário (52%) e eletrodomésticos (41%).
Cartão de crédito
O estudo ainda apontou que o chamado ‘dinheiro de plástico’ é preferência nacional. O cartão de crédito é opção ‘número um’ para 79% dos brasileiros, seguido de pagamento em espécie, com 59%, e do cartão de débito, com 54%. O motivo: as facilidades na concessão de crédito pelas instituições financeiras. De acordo com o CEO da Serasa Experian, José Luiz Rossi, ‘em dezembro de 2002, a relação crédito/PIB era de 23,8%, passando a 53,6% em fevereiro de 2016. Esse acesso se deu, além de outros fatores, por meio do cartão de crédito’, afirmou.