A gasolina para carros e motos já foi vendida desde ontem (03) com o novo padrão estabelecido pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e BiocombustÃveis (ANP) para a destilação, a octanagem e a massa especÃfica da gasolina automotiva vendida no PaÃs. A mudança se deve à Resolução nº 807/2020, publicada em janeiro, que determina as novas especificações de valor mÃnimo de massa especÃfica (ME), de 715,0 kg/m3, e valor mÃnimo de 77,0 ºC para a temperatura de destilação em 50% (T50) para a gasolina A e com a fixação de limites para a octanagem RON (Research Octane Number), que já existe nas especificações da gasolina de outros paÃses. Segundo a especialista em regulação da ANP, Ednéa Caliman, o produto brasileiro passará a ter mais qualidade e maior eficiência energética.
“Essa definição é importante. Quanto maior a massa especÃfica do combustÃvel em termos de hidrocarbonetos, maior é a densidade energética do combustÃvel, ou seja, para o mesmo volume de combustÃvel injetado no motor haverá a geração de maior quantidade de energia no momento da queima do combustÃvel. Com isso, esperamos que proporcione maior rendimento, gerando diminuição do consumo e aumento da autonomia dos veÃculos”, disse.
A resolução da ANP que determinou a venda obrigatória a partir desta segunda-feira foi publicada em janeiro e deu o prazo até 3 de agosto para os produtores de combustÃveis se adequarem à s regras. “Assim, a partir de hoje, toda a gasolina produzida no paÃs e importada deverá atender à s novas especificações”, observou a ANP.
No entanto, a agência também fixou o prazo adicional de 60 dias para as distribuidoras e de 90 dias para os revendedores se adequarem. Até lá, será permitido o escoamento de possÃveis produtos comercializados até ontem (2) ainda sem atender integralmente à s novas caracterÃsticas.
No municÃpio do Rio, os postos ainda estão com estoques antigos de gasolina. A presidente do Sindicato do Comércio Varejista de CombustÃveis, Lubrificantes e de Lojas de Conveniência do MunicÃpio do Rio de Janeiro (Sindcomb), Maria Aparecida Siuffo Pereira Schneider, estima que ainda levará tempo para os revendedores começarem a oferecer a nova gasolina, porque os distribuidores também estão com estoques do produto de especificação anterior.
“Hoje, por exemplo, já recebi produto nos meus postos exatamente com a densidade anterior. Está definido na própria resolução da ANP que ninguém será autuado, a não ser quem não tenha essa especificação a partir de 90 dias para os postos, porque as companhias têm 60 dias para escoarem os seus estoques e os postos têm 90”, informou, acrescentando, que acha difÃcil que as distribuidoras já tivessem quantidade do produto para oferecer aos revendedores.
Maria Aparecida afirmou que, conforme as distribuidoras forem escoando o produto com as especificações antigas, já passarão a comercializar alguma quantidade da nova gasolina.“O que vai acontecer é que vai ter uma densidade média durante o perÃodo que a ANP dá, para que tenha a nova especificação já nas bombas”, ressaltou.
Para Maria Aparecida, a ANP acertou quando determinou prazos para o mercado se adequar porque a logÃstica do setor é complexa. “A resolução foi feliz nesse sentido. Se a ANP tivesse certeza de que isso poderia ser feito dessa maneira, ou seja, dia 3 de agosto começar a funcionar, ela mesma não teria dado 60 dias de prazo para a distribuição e 90 dias para a revenda. A ANP teve a responsabilidade de fazer uma resolução prevendo este tipo de alteração no tempo necessário, para que a cadeia toda pudesse vender a gasolina na nova especificação”, observou.
Ela não acredita que a nova gasolina chegará mais cara ao consumidor, ainda que possa haver uma compensação com a maior eficiência dos motores e consequente redução na quantidade de compra do produto.
“Não tenho a menor expectativa com relação a isso. O mercado é livre e não sei o que vai acontecer. A cadeia vem de cima, passa pelas distribuidoras e chega nos postos que são os últimos e os de menor estoque. Em uma pandemia, todo mundo trabalha com estoque baixÃssimo. A gente precisa do consumidor dentro do posto. Não vejo como uma coisa positiva para o posto, a possibilidade de aumento”, afirmou.
De acordo com Maria Aparecida, no inÃcio da pandemia a demanda dos postos caiu para 30% do que costumavam ter e agora já subiu para 50%, o que não chega a ser suficiente para cobrir os custos. “Não supre as necessidades operacionais dos postos. Estamos passando uma fase muito difÃcil e por causa disso temos estoques baixos. Não tem como encher o posto e não vender”, disse.
Outro fator que identificado na nova gasolina, segundo ela, é a perspectiva de haver menos fraudes diante da qualidade melhor do produto. “Por ser melhor, pode inibir fraudes. Se por um lado o usuário pode consumir menos, por outro a redução de fraudes no mercado será muito boa para aquele que trabalha honestamente, não sonega e não vende produto ruim."
A ANP informou que as novas especificações são resultado de estudos e pesquisas dos padrões de qualidade, considerando o acompanhamento das especificações e harmonizações internacionais. Houve ainda amplos debates com os agentes econômicos do mercado de combustÃveis.
Informações da Agência Brasil
Ter ou não ter plano de saúde? Esse é um questionamento que pode ser constante na vida dos brasileiros, já que nem sempre os benefícios oferecidos são efetivamente ofertados quando mais se precisa desse tipo de assistência. Para não cair em armadilha e saber diferenciar os tipos de planos, consultamos o advogado especialista em Defesa do Consumidor, Taciano Mattos (@tacianomattos), para dar algumas dicas sobre o serviço. Confira abaixo:
Você certamente possui conta em alguma agência bancária. Certamente, também, já deve ter sido tarifado indevidamente, mesmo pensando que o serviço oferecido era gratuito, a exemplo das taxas cobradas pela poupança. Mas, não era para poupar? Pois bem, nem sempre o que está previsto nos contratos atendem às regras previstas pelo Código de Defesa do Consumidor. O advogado, especialista na área, Cândido Sá, dá suas recomendações sobre o que a lei salvaguarda ou não, quando o assunto é serviço bancário. Confira artigo sobre o assunto, logo abaixo:
Autora do livro "O Que é Meu é Seu - Como o Consumo Colaborativo Vai Mudar o Nosso Mundo", Rachel Botsman diz que estamos conectados para compartilhar. Em 15 minutos, ela tenta te convencer que o consumo colaborativo é o caminho.